Como a pandemia tem afetado as crianças

A pandemia mudou drasticamente a rotina das crianças e suas famílias; criou-se uma nova ordem: isolamento social. A escola fechou, não podem mais brincar na rua, o toque humano é praticamente nulo e a visita à casa dos amiguinhos, então, fora de questão. Todas essas mudanças são, no mínimo, estressantes, ainda mais para as crianças que estão desenvolvendo corpo e mente; estão na fase de colocarem em prática suas curiosidades – querem experimentar o mundo. Essas mudanças podem gerar emoções negativas, como raiva, medo, ansiedade entre outras. Mas não para por aí, um levantamento realizado na província chinesa de Xianxim com 320 crianças e adolescentes mostrou que os efeitos psicológicos mais imediatos da pandemia foram a dependência excessiva dos pais, desatenção, preocupação, problemas de sono, falta de apetite, pesadelos e agitação (IPEC, 2021). E não é para menos, pois o confinamento limita o lazer, o estudo, a atividade física e o contato humano.

O que os pais podem fazer para amenizar essa situação?

Os pais devem ser criativos e estimular seus filhos com atividades artísticas, como pintura, colagem, criar brinquedos a partir de itens de reciclagem; com isso treinam habilidades motoras e cognitivas. Pedir para as crianças contarem histórias de forma que elas possam colocar suas emoções no enredo – produzir fantoches ou desenhar a história ajuda bastante – falar sobre as emoções e sentimento é de extrema importância. Estimule as crianças correrem e brincar, estipule desafios para raciocinarem e adquirirem novas formas de enfrentarem as situações.

E com relação à escola?

O estudo não pode parar, os pais podem oferecer ajuda com as atividades online, incentivar as crianças buscarem novos conhecimentos, novas habilidades e temas que elas se interessem.

Estipular rotina também é uma boa ideia, como organizar horário de estudo, atividade física, lazer, alimentação, higiene pessoal. Mas nos casos em que as crianças demonstrem dificuldade para aceitar a nova realidade, o acompanhamento com um psicólogo é o mais indicado.

O atual momento pede paciência, compreensão e muito cuidado para com os pequenos, mas sempre tendo bom senso sobre o que é melhor para cada criança, pois cada uma é única e merece aproveitar ao máximo essa magia da infância.

REFERÊNCIA: IPEC – Instituto de Psicologia, Educação, Comportamento e Saúde.

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